Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

sábado, junho 11, 2005

447. Sala de Cinema: In Good Company (2)




Esta é a fase em que eu fazia um resumo do episódio anterior (neste caso do post anterior) mas já não há tempo a perder...

O título deste filme esconde um trocadilho porque mistura as duas interpretações da palavra “Companhia”. E o filme é mesmo isso, isto é, um longo conjunto de subtilezas que misturam a comédia, o romance e o drama com bastante eficácia. O filme consegue ser divertido e cruel, romântico e pragmático, leve e complexo. Este conjunto de conceitos e emoções são muito difíceis de equilibrar mas o realizador consegue contar esta história “moral” (sim, está aqui presente uma crítica ao mundo globalizado e à precaridade do trabalho) com elegância e sem melodramatismo.

No fundo o filme consegue evitar um sem número de lugares comuns que iriam transformar esta comédia inteligente num filme perfeitamente banal. Mas, quase a chegar à meta, cai noutro sem número de lugares comuns. No fim o balanço é francamente positivo até porque o trio de actores faz a diferença.

O caro leitor deve estar a pensar neste momento se era só isto que eu queria partilhar com vocês. Eu acalmo os vossos espíritos para dizer que é raro ir ver uma comédia. E que é raro gostar de ver uma. E se eu explicar o que quero dizer com isto lá se vai a subtileza...

Síntese da Opinião: Para quem não esteve atento volte ao início do post anterior, se faz favor. Repito, tenho dias...