451. Grão de Areia no Universo: Eugénio de Andrade
Surdo, Subterrâneo Rio
Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
--- surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
2 Comments:
At 1:52 da tarde, Pedro F. Ferreira said…
Tive o prazer de o conhecer pessoalmente. Era eu um jovem adolescente e fomos apresentados pelo saudoso António Paulouro. Sempre tive pela sua poesia um grande apreço. Já não falava com ele há uns 6 anos. Era um homem de uma extrema sensibilidade.
At 11:00 da tarde, Ricardo said…
HMémnon...
Eu nunca tive a oportunidade de conhecer o homem, apenas a sua obra. E essa vai transcender o homem...
Abraço,
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