704. O Poema Insone
Foto da autoria de Luis Leonardo
O Vítor (do sempre excelente blogue Estranho Estrangeiro) disse-me para estar atento a um blogue. Assim o fiz! E é mesmo fundamental recomendar um visionamento regular à poesia publicada pelo Duarte TemTem. Toca a ler O Poema Insone!
Prelúdio de um lamento...
Serei eu prelúdio de um lamento
Ou mero acólito da tristeza imensa?
Talvez melopeia do firmamento
Ou ramo de mágoas que se adensa,
Pois hoje vos trago o fingimento
(Ou perante vós a minha crença?)
Este lado negro que escolho a dedo
Ao negro pesar deste meu ensejo,
É vestígio de algo em tempos ledo,
Retalho etéreo e penoso beijo,
Pois hoje vos trago o meu segredo
(Ou perante vós o meu desejo?)
Lentas as vagas de quem não dorme
Que à noite vos trago em lento murmúrio.
Oiçam que é bela a tristeza enorme
Dos odores que embalam este meu tugúrio,
Pois hoje vos trago a verdade informe
(Ou perante vós o meu perjúrio?)
3 Comments:
At 9:45 da tarde, H. Sousa said…
Acordadíssimo, quem este poema escreveu.
Se não soubesse, diria que fora escrito pelo Vítor.
At 3:49 da manhã, VFS said…
TNT, gostaria eu de escrever poesia assim. Enveredo, preferencialmente, pela prosa, mas não renunciarei ao fomento e acrisolamento da poesia. Até agora, só esquissos frustes e dispensáveis...
O meu amigo Duarte é, já, um grande poeta. Quem sabe se, dentro de pouco, da Madeira não surgem legatários dos imortais paladinos da Língua Portuguesa...
Ricardo, obrigado pela recordação. Agradeço por mim e pelo Duarte, o qual merece maior visibilidade.
At 7:11 da tarde, DT said…
Caro Ricardo
Agradeço, desde já, as palavras elogiosas assim como a divulgação.
Só o faço tão tardiamente pois só agora tomei conhecimento!
Um abraço
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